Laboratório de Química do Pedro II
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Etapas fundamentais para a elaboração de relatórios
Etapas fundamentais para
a elaboração de relatórios.
Prof. Luiz Alessandro
Profª
Chaiane Cristina
Principais
Etapas de um Relatório
·
1. CAPA
·
2. INTRODUÇÃO
·
3. OBJETIVOS
·
3.1. Objetivo geral
·
4. MATERIAIS E MÉTODOS
·
5. RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES
·
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1.
CAPA
Deve-se informar
·
Nome da escola (Centralizado no início da folha)
·
Título (Centralizado No meio da folha, Caixa alta)
·
Equipe (lado direito, abaixo do título)
·
Local e data. (Centralizado no fim da folha)
2.
Introdução
Neste tópico, deve-se:
·
Descrever em linhas gerais
o assunto a ser tratado, e os principais conceitos.
·
Buscar na literatura (livros, internet..) as definições,
características e especificidades da prática que se refere ao relatório.
·
Justificativa: mostrar o porque do desenvolvimento do trabalho, e
a importância do mesmo.
Lembre-se, a identificação e
delimitação clara é o primeiro passo
para o entendimento do trabalho.
3.
Objetivos
Objetivo
Geral
·
Informar, de maneira geral para que esta fazendo o trabalho, que
metas espera alcançar com o desenvolvimento da prática.
·
Usar sempre verbos no infinitivo. (Ex: Avaliar, demonstrar,
analisar.)
4.
Materiais e Métodos
·
Deve ser listado todo o material é o método adotado para alcançar
os resultados. ( dados qualitativos/quantitativos)
·
Deve ser feito de modo bastante detalhado, permitindo que o leitor
possa reproduzir o mesmo procedimento e obter resultados semelhantes.
5.
Resultados e Considerações
·
Utilizar tabelas e gráficos para a apresentação dos resultados. O
titulo das tabelas deve ser apresentado acima das mesmas, e dos gráficos
abaixo.
·
Deve ser feita a descrição de todos os dados obtidos.
·
Deve-se argumentar em função dos resultados obtidos, com base em
sua experiência e outros autores.
·
Deve ser atrelado aos objetivos, respondendo ao que se foi
proposto no inicio do estudo.
6.
Referência Bibliográfica
·
Todas as citações utilizadas no texto deverão ser agrupadas no final do relatório, dentro deste ítem.
·
Usualmente utiliza-se a Norma ABNT NBR 1472- Elaborar de modo
ordenado, por nome do autor, em ordem alfabética. Em caso de fonte de internet,
colocar data e endereço de acesso.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Curva de Aquecimento/resfriamento
Curvas
de aquecimento ou resfriamento
São
curvas obtidas, construindo, num diagrama cartesiano, o gráfico da temperatura
de um corpo em função do calor trocado por ele. Este gráfico será chamado de
curva de aquecimento, se o corpo estiver recebendo energia térmica, ou curva de
resfriamento, se o corpo estiver cedendo energia térmica.
Influência
da pressão na mudança de fase
Como
é do seu conhecimento, uma substância pura pode apresentar-se em três estados de
agregação (ou fases): sólido, liquido e gasoso. Quando uma substância muda de
estado, sofre uma variação de volume. Isto significa que alterações da pressão
externa podem ajudar ou dificultar a mudança de estado. Anteriormente, nos
limitamos a mudanças que acorrem com pressão externa fixa de 1 atmosfera. Sob
essa pressão, vimos, por exemplo, que a água entra em ebulição na temperatura
de 100ºC. No entanto se, por exemplo, diminuirmos a pressão externa, a água
entrará em ebulição em temperaturas menores. Em cidades como Curitiba, que está
a 900 metros acima do nível do mar, a água entra em ebulição em uma temperatura
inferior a 100ºC. Isto acorre porque nessa altitude a pressão atmosférica é
menor do que 1 atmosfera. Analisaremos agora as influências conjuntas da pressão
e da temperatura no estado de agregação. A figura a seguir representa o
diagrama de estado típico da maioria das substâncias:
Como
exemplo, temos diagrama de fase para o dióxido de carbono (CO2).
Por
esse diagrama, vemos que, em temperatura de –56,6ºC e sob pressão de 5 atmosferas, o CO2 pode apresentar em
equilíbrio as três fases. Sob pressão de 1 atmosfera, não ncontramos o CO2 no
estado líquido: ele está no estado sólido ou gasoso. Analisaremos, agora,
separadamente as três curvas:
Curva de fusão
Durante a fusão, a maioria das
substâncias se expandem. Para essas, um aumento de pressão dificulta a fusão e,
assim, acarreta em um aumento da temperatura de fusão.
Há,
porém, algumas substâncias, que se contraem durante a fusão. É o caso, por
exemplo, da água, do ferro e do bismuto. Para essas substâncias, um aumento de
pressão facilita a fusão. Desse modo, o aumento de pressão acarreta uma diminuição
na temperatura de fusão.
Curva de Vaporização
Os
pontos da curva de vaporização correspondem aos valores de pressão e
temperatura em que a substância entra em ebulição. Todas as substâncias
expandem-se ao entrarem em ebulição e assim, um aumento de pressão dificulta a
ebulição. Portanto, em tal situação, ocorre um aumento da temperatura de
ebulição.
Temperatura Crítica
Existe
uma temperatura, denominada temperatura crítica acima da qual, por maior que seja
a pressão, a substância encontra-se no estado gasoso. Por isso é costume fazer
uma distinção entre gás e gás e vapor:
·
Gás
é uma substância no estado gasoso, acima da temperatura crítica.
·
Vapor
é uma substância no estado gasoso abaixo da temperatura crítica.
Curva de sublimação
Os
pontos da curva de sublimação correspondem aos valores de pressão e temperatura
em que podem ficar em equilíbrio os estados sólido e gasoso. Quando uma
substância passa do estado sólido para o gasoso, aumenta de volume e, assim, um
aumento de pressão dificulta a transformação. Portanto, o aumento de pressão acarreta
um aumento da temperatura em que ocorre a sublimação.
Estados físicos da matéria
A matéria pode ser encontrada em três estados físicos: sólido, líquido e gasoso.
Ponto de fusão e ponto de ebulição
Ponto de fusão (P.F.): É a temperatura constante na qual um sólido se transforma em líquido.
Ponto de ebulição (P.E.): É a temperatura constante na qual um líquido se transforma em vapor.
Observe o gráfico:
Vamos juntos agora interpretar o gráfico:
• No intervalo de tempo em que ocorre a fusão da substância (água), coexistem a fase sólida e a fase líquida, e a temperatura permanece constante;
• Ao atingir a temperatura de 100 0C (a 1 atm - pressão atmosférica), a água líquida começa a ferver (líquido-vapor) e, durante todo o tempo em que ocorre essa mudança de estado, a temperatura permanece constante até que todo o líquido se transforme em vapor (nesse intervalo de tempo, coexistente a fase líquida e a fase vapor);
• Conhecidos os pontos de fusão e de ebulição de uma substância, é possível prever seu estado físico em qualquer temperatura. Se a temperatura dessa substância estiver abaixo do seu ponto de fusão, ela se encontrará no estado sólido; se estiver acima do seu ponto de ebulição, estará no estado gasoso; se estiver compreendida entre o ponto de fusão e o ponto de ebulição, estará no estado líquido.
Vamos continuar à interpretação do gráfico:
• Os trechos paralelos ao eixo do tempo (patamares) mostram mudanças de estado físico, já que a temperatura permanece constante;
• A fusão e a solidificação ocorrem à mesma temperatura;
• A ebulição e a condensação acontecem também à mesma temperatura.
Caso seja utilizado uma massa de gelo maior do que a usada na experiência, observamos que tudo ocorrerá da mesma forma, só que gastando mais tempo. No gráfico teremos maior intervalos representando o tempo de fusão e de ebulição.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS - Aula 5
1) QUÍMICA:
É a Ciência que estuda a matéria,
as transformações químicas por ela sofrida e as variações de energia que
acompanham essas transformações.
É
uma das ciências físicas ou naturais, bem como a Física e a Geologia, porque,
como essas, busca, em última análise, resolver os problemas apresentados pela
natureza.
É uma Ciência tão amplamente incorporada ao
nosso dia-a-dia que dificilmente poderíamos imaginar um aspecto qualquer da vida
moderna completamente dissociada da Química.
a) MATÉRIA - é tudo o
que tem massa.
Exemplos: as pedras, madeiras, água,
ar, etc.
b) CORPO - é
qualquer porção limitada da matéria.
Exemplos: lápis, cadeira, prego, etc.
c) OBJETO - é um corpo
fabricado para ter aplicações úteis ao homem.
Exemplos: uma mesa de madeira, um copo,
etc.
d) SUBSTÂNCIA - é uma
determinada espécie ou qualidade da matéria.
Exemplos: sal, ferro, açúcar, etc.
SUBSTÂNCIAS SIMPLES - são
formadas por átomos de um mesmo elemento químico.
Exemplos: H2 , O2 ,
N2 , etc.
SUBSTÂNCIAS COMPOSTAS - são formadas
por átomos ( ou íons ) de elementos
químicos diferentes.
Exemplos: H2O , CO2
, etc.
ENERGIA - É tudo
aquilo que pode modificar a matéria, provocar ou anular movimentos e, ainda,
causar sensações.
Exemplo: Chama de uma vela,
ESTRUTURA
DA MATÉRIA
|
A
2 500 anos atrás, Demócrito e Leucipo, filósofos Gregos, já diziam que os
objetos visíveis se compunham de minúsculas partículas indivisíveis e invisíveis
a qual denominaram átomos. ( a
= não; tomos = divisão).
No
final do século XVIII surgiram as leis das combinações químicas. Estas leis só
puderam ser aplicadas com base na aceitação do fato de que toda matéria é constituída por partículas
indivisíveis, os átomos.
No
início do século XIX (1803), os cientistas passaram a aceitar definitivamente a
existência do átomo, graça às explicações, em bases experimentais, dadas
por John Dalton.
O
conjunto de afirmações feitas por ele sobre o átomo ficou conhecido como
teoria atômica de Dalton. Basicamente
eram estas as afirmações:
-
Toda a matéria é formada por partículas extremamente pequenas, os átomos.
-
Os átomos são indivisíveis.
-
O número de átomos diferentes que existem na natureza é relativamente pequeno.
-
A formação dos materiais se dá através de diferentes associações entre átomos
iguais ou não. Tais associações são os átomos-compostos.
Enquanto
alguns cientistas procuravam demonstrar que a matéria é formada por átomos,
outros pesquisavam e apresentavam evidências de que o átomo é formado por
partículas menores.
Vejamos
então como essas pesquisas evoluíram:
*
1833 -
O cientista inglês Michel Faraday (1791 - 1867) realizou em 1833 experiências
com fenômenos da eletricidade, estabelecendo
as leis que regem a obtenção de metais puros, por intermédio da passagem
da corrente elétrica através de uma solução aquosa (eletrólise).
*
1877
-Em 1877, o sueco Svante August Arrhenius (1859 - 1927), ao procurar
explicações para as leis da eletrólise de Faraday, estabeleceu a teoria
iônica. De acordo com essa teoria, certas substâncias, quando dissolvidas
em água, fazem surgir cargas elétricas. Arrhenius deu a essas cargas o nome de íons, que seriam segundo ele,
“átomos carregados de eletricidade”.
1891 -
Quatorze anos mais tarde, em 1891, o irlandês George Johnstone Stoney (1826
- - 1911) calculou a quantidade mínima de carga
elétrica negativa da matéria, observada nas experiências de Faraday e
Arrhenius. A esta carga mínima deu o nome de ELÉTRON. Mais tarde comprovou-se que essa carga mínima
denominada de elétron é uma das partículas constituintes do átomo.
*
As
evidências sobre as partículas
constituintes do átomo começaram a surgir de maneira mais concreta no final do
século XIX, com as experiências de descargas elétricas em gases rarefeitos.
*
1859 -
A experiência que deu início às descobertas das partículas atômicas foi
realizada em 1859 pelos cientistas alemães Henrich Geissler (1814 - 1879) e
Julius Plucker (1801 - 1898). Ao fazerem passar uma corrente elétrica num tubo
contendo gás rarefeito, ou seja um gás submetido a baixa pressão, esses dois
cientistas observaram o surgimento de uma luz esverdeada.
*
1876 -
A partir dessas observações, outro
alemão, Eugen Goldstein (1850 – 1930)
demonstrou, em 1876, que a luz esverdeada que surgia no tubo provinha do
eletrodo negativo (cátodo) e
denominou-a raios catódicos.
Usando um cátodo perfurado observou estrias luminosas através dos furos, às quais deu o nome de raios canais.
*
1879 -
Em 1879, o inglês Willian Croockes (1822 - 1919) aperfeiçoou o tubo de raios
catódicos que passou a ser denominado ampola de Crookes, e iniciou uma longa
série de experiências sobre a descarga elétrica através de gases. Por meio
dessas experiências descobriu uma série de propriedades dos raios catódicos.
São elas:
- Os raios catódicos são
perpendiculares ao cátodo. Mudando a posição do ânodo, não há modificação na
trajetória dos raios catódicos.
- Os raios catódicos têm
massa.
- Os raios catódicos são
retilíneos.
- Os raios catódicos tem carga elétrica
negativa.
*
1886 -
Por meio de novas experiências, Goldstein demonstrou, em 1886, que os raios
canais são íons de gás rarefeito contido no tubo. Provou também que esses íons,
de carga positiva eram repelidos pelo ânodo e atraídos pelo cátodo e que, ao colidirem com o cátodo, tinham sua
carga neutralizada. Goldstein notou que alguns íons que atravessavam os
orifícios (canais) do cátodo provocam estrias luminosas na região posterior do
mesmo. Observou ainda que a massa destes raios canais era maior que a dos raios
catódicos e que essa massa variava com a natureza do gás rarefeito contido no
tubo.
*
1897 -
Em 1897, o cientista inglês Joseph John Thomson (1856 - 1940), em colaboração com o físico neozelandês
Ernest Rutherford ( 1871 - 1937 ), determinou a relação entre a carga ( q ) e a
massa das partículas dos raios catódicos, verificando que q/m é uma constante.
Thomson chegou à conclusão de que estas partículas estavam presentes em
qualquer tipo de matéria e deu a elas o nome sugerido por G. J. Stoney para as
partículas elementares de carga negativa: ELÉTRONS.
1904 -
Thomson formulou, alguns anos mais tarde, em 1904, uma teoria sobre a estrutura
atômica da matéria. Segundo essa teoria, o átomo seria uma esfera carregada
positivamente que, para tornar-se
neutra, tinha elétrons negativos distribuídos em sua superfície. Esse modelo
ficou conhecido por plum-pudding (pudim de ameixa).
*
Uma vez que as substâncias naturais são
neutras, a existência de uma carga negativa implica a existência de uma carga
positiva a qual foi denominado PRÓTON
por Rutherford e isolada por Anderson
e Millikan em 1932.
1907 -
Entre 1907 e 1910, o físico neozelandês Ernest Rutherford , o cientista
alemão Hans Geiger (1882 - 1945) e o inglês Ernest Marsden ( 1889 - 1970 )
efetuaram uma série de experiências com materiais radiativos. Rutherford, a
partir da observação dessas experiências, propôs um novo modelo atômico: o átomo nuclear.
Segundo
o modelo de Rutherford, o átomo é constituído de uma região central, chamada
núcleo, muito pequena e de grande massa que concentra toda a carga positiva.
Circundando esta região central, a uma considerável distância, giram as cargas
negativa.
Em
suas experiências Rutherford observou que a massa do núcleo era muito maior que
a sua carga. Destas observações, concluiu então que no núcleo deveriam existir
partículas sem carga elétrica e de massa quase igual à do próton.
Em
1932, James Chadwich provou a existência dessas partículas observadas por
Rutherford e deu a elas o nome de NÊUTRONS.
Desta
forma o modelo atômico de Rutherford sofreu uma modificação. Este modelo
atômico está bem perto daquele que estudamos hoje. “O átomo é um sistema
descontínuo formado por um núcleo
extremamente pequeno e pesado, o qual é dotado de cargas elétricas positivas. Em torno do núcleo,
guardando uma certa distância, giram diminutas cargas elétricas negativas que constituem a eletrosfera”.
Para
justificar a estabilidade do elétron em redor do núcleo do átomo, Niels Henrik David Bohr (1885 - 1962) deu tratamento matemático. Para
explicar esta estabilidade estabeleceu-se proposições que se tornaram os
“Postulados de BOHR”.
a)
Os elétrons giram espontaneamente em redor do núcleo em órbitas circulares bem
definidas, sem perder nem absorver energia.
b)
Quando um elétron passa de uma órbita para outra, emite ou absorve determinada
quantidade de energia ( fóton ) dada pela expressão: q = h . f
De acordo
com Bohr, os elétrons possuem órbitas bem definidas, estas órbitas estão em regiões que recebem o nome de
camadas. Nos átomos existem 7 camadas: K, L, M, N, O, P e
Q
e cada camada admitem um número máximo de elétrons
.
Pelo
que foi descrito até agora podemos concluir que o átomo é divisível e é
constituído de duas regiões distintas: Núcleo
e Eletrosfera e cada uma dessas
regiões é formada por partículas ainda menores, prótons, nêutrons e elétrons,
respectivamente.
Prótons - Partícula
que apresenta carga elétrica positiva
unitária (+1) e massa unitária ( 1 ).
Nêutrons - Partícula
sem carga elétrica e de massa praticamente igual a do próton.
Elétrons - Partícula
que apresenta carga elétrica negativa unitária (- 1), de massa reduzida, ou
seja, 1840 vezes menor que a do próton.
Observação:
Estes valores são relativos.
DIMENSÕES DO ÁTOMO E DO NÚCLEO
O
diâmetro dos átomos é em torno de 10-8 cm ou 1 Å
( Å = Ansgströn
)
O
diâmetro do núcleo é de 10-12
a 10-13 cm , ou seja 10 000 a 100 000 vezes
menor que o diâmetro do átomo.
MODELO ATÔMICO ATUAL
O
modelo atômico de Rutherfor- Bhor sofreu muitas “reformas”para que se chegasse
ao modelo atual. A primeira alteração foi proposta pelo cientista alemão Arnold
Johannes Wilhelm Sommerfeld (1869 - 1951), que admitiu que os elétrons, além de
orbitais circulares, descrevem também órbitas elípticas ao redor do núcleo.
|
A CONTRIBUIÇÃO DE DE
BROGLIE
Por
volta de 1923, o cientista francês Louis de
Broglie (1892) apresentou uma equação em que mostrava que qualquer
corpo em movimento estaria associado a um fenômeno ondulatório.
Se
você tentar imaginar uma bola de futebol ou mesmo um grão de poeira associado a
uma onda, poderá achar tudo confuso, mas o fato é que no mundo atômico as
partículas possuem um comportamento duplo de partícula e onda. Assim, o elétron
por exemplo, apresenta a natureza de uma partícula-onda,
ou seja, composta-se ao mesmo tempo como partícula e como onda.
Desse
modo, o elétron em movimento obedece às leis dos fenômenos ondulatórios, isto
é, sofre reflexão, refração, etc., como ocorre com a luz e o som.
Com
relação a uma partícula-onda, tal como o elétron em seu movimento em torno do
núcleo, o físico alemão Werner Heisenberg
(1901 - 1976) enunciou em 1927, um princípio bastante complexo, conhecido hoje
como Princípio da Incerteza:
“É impossível determinar simultaneamente a posição exata e a velocidade de uma
partícula-onda num dado instante”.
O ORBITAL
De
acordo com as idéias de de Broglie (partícula-onda) e de Heisenberg (princípio
da incerteza), Ervin Schrödinger (1887 - 1961) propôs, em 1926,
uma teoria chamada Teoria
da Mecânica Ondulatória,
na qual apresenta uma equação que dá a probabilidade de localização do elétron
em torno do núcleo. Nessa teoria o autor estabelece o conceito de Orbital:
“Orbital
é a região do espaço ao redor do núcleo em que é muito grande a probabilidade
de se localizar o elétron”.
Assim,
conforme as concepções de Schrödinger, surge o modelo atômico ondulatório que ainda é a base dos conceitos
modernos acerca da estrutura atômica.
TIPOS E FORMAS DOS ORBITAIS
Existem
diferentes tipos de orbitais, os quais são designados pelas letras s,
p, d e f.
Matematicamente
deduziu-se o formato de cada orbital.
O
orbital “s” apresenta forma
esférica:
O
orbital “p” apresenta forma de duplo-ovóide. Existem os orbitais px , py e pz
.
Os
orbitais “d” e “f
“apresentam formas complexas.
NÚMERO ATÔMICO E NÚMERO DE MASSA
Número Atômico ou Número de Moseley
(Z)
de um átomo é o número de prótons
contidos no núcleo desse átomo.
Z = número de prótons
Observação - Se o
átomo estiver no estado natural
(fundamental) o número atômico (Z) é igual ao número de elétrons.
Número de Massa (A) de um átomo
é a soma do número de prótons e nêutrons do núcleo desse átomo.
A = nº de prótons nº de Nêutrons
A = nº de prótons nº de Nêutrons
Estado Natural de um átomo
Nº de
Prótons = Z
Nº de
Elétrons = Z
Nº de
Nêutrons = A - Z
|
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Observação: Para
indicar os números atômicos (Z) e de Massa (A) junto ao símbolo do elemento
químico usamos a convenção estabelecida pela Internacional Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC).
De acordo com essa entidade Internacional, o número atômico deve ser escrito à
esquerda e um pouco abaixo do símbolo, e o número de massa é indicado acima do
símbolo do átomo.
A = nº de Massa A
X X
Z = nº Atômico Z
A = nº de Massa A
X X
Z = nº Atômico Z
ELEMENTO QUÍMICO
É
o conjunto de todos os átomos com o mesmo número de prótons, ou seja, com o
mesmo número atômico.
Cada
elemento químico recebe um nome e uma abreviação chamada Símbolo, e que é usado internacionalmente.
Símbolo: Convenção
criada em 1814 por Jöns Jakob Berzelius (1779 - 1848). Consta da letra inicial
maiúscula ( ou a inicial maiúscula seguida de outra letra minúscula ) do nome
do elemento ( em geral, do nome latino). Essas letras devem ser escritas em caracteres de imprensa ( letra de forma ).
Alguns
elementos químicos cujos os símbolos não tem relação com o nome em português.
![]() ![]() |
Antimônio
Sb
Stibium
|
Chumbo
Pb
Plumbum
|
Cobre Cu Cuprum
|
Enxofre
S
Sulfur
|
Escândio
Sc
Scandium
|
Estanho Sn Stannum
|
Fósforo
P
Phosphorus
|
Itérbio
Yb Ytterbium
|
Ítrio
Y
Yttrium
|
Mercúrio
Hg
Hydrargyrus
|
Ouro Au Aurum
|
Potássio
K
Kalium
|
Prata
Ag
Argentum
|
Sódio
Na
Natrium
|
Tungstênio
W
Wolfram
|
![]() |
ISÓTOPO - são
átomos com mesmo número atômico (Z) e diferentes números de massa (A).
Observação: Os átomos
de um mesmo elemento químico, quimicamente são iguais, pois as propriedades
químicas dependem do número de elétrons, que é o mesmo em todos os átomos desse
elemento. No entanto, como o número de nêutrons é variável, um mesmo elemento
geralmente tem átomos com números de massa diferentes, sendo, então,
fisicamente diferentes. |
ISÓBARO - são
átomos com diferentes números atômicos (Z), mas possuem o mesmo número de massa
(A).
ISÓTONOS - são
átomos de diferentes números atômicos (Z) , diferentes números de massa (A),
porém com mesmo número de nêutrons.
|
nº de nêutrons para o Cl nº de nêutrons
para o Ca
A =
Z + n A = Z
+ n
n
= A -
Z
n = A
- Z
n
= 37
- 17 n =
40 - 20
n
= 20
n = 20
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