segunda-feira, 19 de março de 2012


Biossegurança

Noções Básicas

 

Leis Relacionadas

  Lei nº 10.196, de 14 de fevereiro de 2001Altera e acresce dispositivos à Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996, que regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial, e dá outras providências.

  Lei nº 10.603, de 17 de dezembro de 2002Dispõe sobre a proteção de informação não divulgada submetida para aprovação da comercialização de produtos e dá outras providências.

  Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005.Regulamenta os incisos II, IV e V do § 1o do art. 225 da Constituição Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados – OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança – PNB, revoga a Lei no 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória no 2.191-9, de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5o, 6o, 7o, 8o, 9o, 10 e 16 da Lei no 10.814, de 15 de dezembro de 2003, e dá outras providências.

 

  Lei nº 11.460, de 21 de março de 2007Dispõe sobre o plantio de organismos geneticamente modificados em unidades de conservação; acrescenta dispositivos à Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e à Lei no 11.105, de 24 de março de 2005; revoga dispositivo da Lei no 10.814, de 15 de dezembro de 2003; e dá outras providências.

 

Noções básicas de biossegurança

  Conceito: biossegurança é um conjunto de medidas necessárias para a manipulação adequada de agentes biológicos, químicos, genéticos, físicos (elementos radioativos, eletricidade, equipamentos quentes ou de pressão, instrumentos de corte ou pontiagudos, vidrarias) dentre outros, para prevenir a ocorrência de acidentes e conseqüentemente reduzir os riscos inerentes às atividades desenvolvidas, bem como proteger a comunidade e o ambiente e os experimentos.

Noções básicas de biossegurança

  Equipamentos de proteção individual: São quaisquer meios ou dispositivos destinados a ser utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada atividade.

 

Noções básicas de biossegurança

  Tipos de EPI’s utilizados no laboratório:

 

  Luvas: As luvas protegem de sujidade grosseira. Elas devem ser usadas em procedimentos que envolvam sangue, fluidos corporais, secreções, excreções (exceto suor), membranas mucosas, pele não íntegra e durante a manipulação de artigos contaminados;

 

Noções básicas de biossegurança

  Tipos de EPI’s utilizados no laboratório:

 

  Máscaras: servem para proteger a mucosa do nariz e da boca contra respingos gerada por espirro, fala ou tosse de pacientes ou durante a realização de procedimentos laboratoriais. São de uso único, devem ser trocadas quando úmidas ou submetidas a respingos visíveis

 

Noções básicas de biossegurança

  Tipos de EPI’s utilizados no laboratório:

 

  Óculos: protegem a mucosa dos olhos contra respingos, aerossóis e da irritação provocada por substancias voláteis (álcool, acetona, reagentes). São reutilizáveis, feito de material plástico

 

Noções básicas de biossegurança

  Tipos de EPI’s utilizados no laboratório:

 

  Gorro: é utilizado para proteger as amostras de contaminação, para não cair fios de cabelo na amostra, para impedir a impregnação de algum odor nos cabelos. Também são úteis durante a realização de procedimentos nos quais são produzidos aerossóis, projeção de partículas e proteção dos pacientes durante procedimentos cirúrgicos.

 

Noções básicas de biossegurança

  Tipos de EPI’s utilizados no laboratório:

 

  Avental ou jaleco: O avental (limpo, não estéril) serve para proteger a pele e prevenir sujidade na roupa durante procedimentos que tenham probabilidade de gerar respingos ou contato de sangue, fluidos corporais, secreções ou excreções. O avental será selecionado de acordo com a atividade e quantidade de fluido encontrado (plástico ou tecido). O avental de plástico está indicado para lavagem de materiais em áreas de expurgo. O avental sujo será removido após o descarte das luvas e as mãos devem ser lavadas para evitar a transferência de microrganismos para outros pacientes ou ambiente.

 

Noções básicas de biossegurança

  Tipos de EPI’s utilizados no laboratório:

 

  Calçados: fechados e impermeáveis, para impedir a penetração de sujidade ou de amostras derramadas no chão, vidros quebrados, etc.

 

Noções básicas de biossegurança

  Equipamentos de proteção coletiva:

 

  Dispositivos de pipetagem;

  Extintores de incêndios;

  Lava olhos: Chuveiro de segurança;

  Saída de emergência;

  Capelas biológicas;

  Descartes para materiais perfurocortantes;

 

 

Microrganismos e grupos de risco

  Grupo 1: Microrganismos que, até o momento, não causam doenças para o homem (baixo risco individual e coletivo) e que não representam riscos para o ambiente (Lactobacillus, Lactococcus, Saccharomyces, Bacillus polymyxa, cepas não patogênicas de E. coli, dentre outros);

Microrganismos e grupos de risco

  Grupo 2: Microrganismos que podem causar doenças no homem, mas a exposição laboratorial raramente produz doença. Mesmo assim, para essas doenças existem medidas profiláticas e terapêuticas eficientes (Espécies de Salmonella (exceto S. typhi), E. coli patogênicas, Proteus, Staphylococcus, Streptococcus, Neisseria, Listeria,  dentre outros);

 

Microrganismos e grupos de risco

  Grupo 3: Microrganismos que podem causar doenças graves no homem e apresentam risco elevado para os laboratoristas. Eles podem apresentar riscos de serem disseminados para a população, mas para as doenças causadas existem medidas profiláticas e terapêuticas eficazes (Mycobacterium tuberculosis, Coxiella burnetti);

 

Microrganismos e grupos de risco

  Grupo 4: Microrganismos que causam doenças humanas severas e apresentam risco elevado para os laboratoristas e para a população em geral. Eles são agentes altamente infecciosos que se propagam facilmente, podendo causar a morte das pessoas infectadas, pois não existem atualmente medidas profiláticas ou tratamentos efetivos.

 

Vias de transmissão de patógenos em laboratórios de microbiologia

  Transmissão oral: os agentes infecciosos são transmitidos por via oral, principalmente quando microrganismos patogênicos são isolados em culturas puras e atingem populações elevadas. Esta é uma das razões pelas quais não se deve pipetar com a boca, comer, beber, mascar chicletes, levar a mão ou objetos como caneta ou lápis à boca ou fumar no laboratório.

 

Vias de transmissão de patógenos em laboratórios de microbiologia

  Transmissão aérea: os microrganismos são transmitidos através da inalação de aerossóis contendo os agentes infecciosos. Esses microrganismos podem difundir-se no ambiente do laboratório. As práticas laboratoriais devem ser executadas de modo a minimizar os riscos de formação dos aerossóis. De preferência, os laboratórios devem ter pressão negativa e os microrganismos que são veiculados pelos aerossóis como M. tuberculosis devem ser manipulados em cabines especiais conhecidas como cabines de segurança biológica classe III, localizadas em local apropriado dentro do laboratório.

Vias de transmissão de patógenos em laboratórios de microbiologia

  Transmissão cutânea ou parenteral: Esta transmissão ocorre através da pele, pela injeção acidental de espécimes ou culturas microbianas com agulhas ou quando ocorrem acidentes com materiais cortantes, tais como vidro quebrado, lâminas de bisturi e agulhas. Apenas poucos organismos podem ser adquiridos através da pele intacta como Leptospira, Brucella, Treponema e larvas do Strongyloides, dentre outros. Indivíduos com soluções de continuidade na pele não devem trabalhar no laboratório.

 

Vias de transmissão de patógenos em laboratórios de microbiologia

  Transmissão ocular: Os organismos podem ser transmitidos através da superfície da mucosa ocular através de gotículas ou respingos de culturas que atinjam os olhos. Usualmente são os mesmos tipos de organismos que são transmitidos por via parenteral e também algumas toxinas potentes como a do C. botulinum. O respingo na mucosa pode ocorrer quando há manipulação de culturas líquidas, principalmente quando são pipetadas ou quando materiais como placas de micro-titulação contendo microrganismos são submetidos a etapas que envolvem lavagem (teste de ELISA) ou quando são transferidos ou adicionados materiais dentro de líquidos contendo microrganismos. Também podem contaminar-se por esta via através do contato dos olhos com lentes de microscópios e outros aparelhos oculares contaminados.

Acidentes de Trabalho

Riscos Químicos e Biológicos 
Conceitos

  Risco

     É a probabilidade de ocorrer um evento bem definido no espaço e no tempo, que causa dano à saúde, às unidades operacionais ou dano econômico/financeiro

 

Riscos Químicos e Biológicos 
Conceitos

  É importante que fique clara a diferença entre risco e perigo

 

  Existe perigo na manipulação de determinados produtos químicos ou biológicos

 

  Porém o risco dessa atividade pode ser considerado baixo se forem observados todos os cuidados necessários e e utilizados os equipamentos de proteção adequados

Riscos Químicos e Biológicos 
Conceitos

  Classificação de Risco

 

  Riscos Físicos (formas de energia como ruídos, vibrações, pressões anormais, radiações ionizantes ou não, ultra e infra-som (NR-09 e NR-15). Avaliação quantitativa

 

  Riscos Químicos (substâncias, compostos ou produtos que podem penetrar no organismo por via respiratória, absorvidos pela pele ou por ingestão, na forma de gases, vapores, neblinas, poeiras ou fumos  (NR-09, NR-15 e NR-32). Avaliação quantitativa e qualitativa

 

Riscos Químicos e Biológicos 
Conceitos

  Classificação de Risco

 

  Riscos Biológicos (bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, etc (NR- 09)

 

  As classes dos riscos biológicos são: patogenicidade para o homem; virulência; modos de transmissão; disponibilidade de medidas profiláticas eficazes; disponibilidade de tratamento eficaz; endemicidade

 

Associação dos Riscos



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